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A Cunicultura como ramo da pecuária é um setor importante em Portugal.

    Considerado um setor singular, é uma produção pecuária sem necessidade de terra, não intensiva, não devendo ser comparada com a avicultura, nem com outras produções animais intensivas. Podemos destacar a necessidade de mão-de-obra qualificada, de grande estratégia e potencial na fixação da população rural, onde produz emprego, principalmente na capacidade de empregar mão-de-obra feminina.

 

    Um setor que consome dietas à base de forragens e subprodutos muito menos concentrados que os frangos e porcos (não devendo ser considerado intensivo), e subprodutos de origem da comunidade Europeia.

    Com a globalização, a especulação das matérias-primas, o aumento dos custos e a constante pressão para baixar o preço da carne de coelho por parte das grandes superfícies, diminui a margem do setor. Deve-se destacar também a presente descriminação relativamente a outros sectores agrícolas e pecuários pela sua débil participação na OCM única (Organização Comum dos Mercados).

    É preocupação da ASPOC (Associação Portuguesa de Cunicultura) que a cunicultura seja contemplada na próxima PAC (Política Agrícola Comum), Horizonte 2020, como um setor singular, competitivo, abrangido por uma Organização Comum dos Mercados específica (OCM específica), com apoios onde devem ser incluídas: a conceção de ajudas, a criação de instrumentos de mercados apropriados (armazenagem privada), a valorização de associações de produtores, associações interprofissionais, a informação e finalmente a promoção como instrumento de valorização das qualidades reconhecidas da carne de coelho.

    A boa aceitação desta carne, a sua qualidade proteica e o facto de ser uma carne magra, é de grande importância que a cunicultura industrial faça parte da futura PAC. É sem dúvida um setor onde Portugal deve apostar sendo atualmente um país deficitário na produção de coelho e da possibilidade de aumento do consumo nos próximos anos.

    O cuidado da ASPOC em definir uma cunicultura rentável através deste dossier intitulado “Estratégia para uma Cunicultura Sustentável” é decisiva na procura de uma solução para o setor. Neste contexto foi designado uma equipa para a sua elaboração com ideais e valores de referência equitativos e qualificativos no setor. Em parceria com personalidades e individualidades (não só no âmbito nacional como internacional), têm como objetivo dar seguimento a este trabalho.

    Assim sendo, foi enviado às seguintes entidades para posterior análise e seguimento às propostas descritas no documento:

    Ao gabinete do Secretário de Estado do Ministério da Agricultura, Senhor Engenheiro Daniel Campelo.

    Parlamento Europeu (PE), mais concretamente para o Eurodeputado Senhor Engenheiro Capoulas Santos, redator da comissão responsável pelo dossier “PAC, Horizonte 2020”.

A título de agradecimento pela acessibilidade de informação e sugestões facultadas na realização deste documento: ACESCU (Associação Espanhola de Cunicultura), INTERCUN (Interprofissional de Cunicultura em Espanha). UTAD (Universidade Trás os Montes e Alto Douro), CAP (Confederação de Agricultores de Portugal), INE (Instituto Nacional de Estatísticas). Os nossos cunicultores pela informação cedida nas estatísticas apresentadas, sem eles impossíveis de realizar.

A ASPOC continua a trabalhar na defesa do setor, convictos de que as nossas propostas venham a ser comtempladas para uma cunicultura rentável e credível.