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            MANEJO Y SANIDAD EN CUNICULTURA

                                     

                                    Francisco Javier González González

                                  Veterinário STC Cunicultura Nanta, S.A.

                                              j.gonzalez@nutreco.com

 

“Espera o melhor, mas prepara-te para o pior”

MANEIO:

Combinação de Arte e de Técnica.

Capacidade (Aptitude) e Vontade de Aprender (Atitude).

Combinação de Experiência (Trabalho) y Sabedoria (Estudo).

SANIDADE:

Equivalente a SAUDE DE COLECTIVO (UNIDADE = EXPLORAÇÃO)

SAUDE = BEM ESTAR.

OBJECTIVO

Ter um modelo de Maneio (missão do Cunicultor) para conseguir uma exploração com SAÚDE.

INSTALACÕES:

Cada vez melhores e com melhor maneio.

Do meu ponto de vista:

Só têm futuro as explorações (HABITAT + AMBIENTE):

                -Bem desenhadas

                -Bem isoladas

                -Com necessidades de Ambiente (ventilação, calefacção, refrigeração) bem definidas.

                -Com sistemas de regulação eficazes.

                -Com mecanismos automatizados de extracção de estrumes, alimentação, água devidamente potável, dosificação de medicações, …

-Com correcta manutenção..

Hoje, do ponto de vista sanitário, a melhor opção é a exploração com “salas, duo” + sala de reposição. Duas salas iguais onde as coelhas possam parir sempre numa sala limpa e desinfectada. 

RITMO REPRODUCTIVO:

 

          QUASE 100% en I.A.

          Importante definir intervalo Parto – I.A.: (de 11 a 25 dias).

          Quanto maior o intervalo, menor o nº de partos – vendas/ano.

          A maioria das explorações está aos 11 dias.

          Não é o mesmo mudar o ritmo numa exploração nova em comparação a uma já com produção.

          Critérios produtivos e sanitários.

          Quanto melhores os índices técnicos da exploração e melhor a sanidade, mais adequados os ritmos intensivos

          Não há estudos económicos credíveis sobre custos para cada um dos sistemas ainda que estejam sempre relacionados com a produção.

          O desenho das explorações deve ser feito em função do ritmo exigido.

           

BIOSEGURIDADE:

          É a parte mais importante qualitativa e quantitativa do meio sanitário.

          Tudo o que fazemos na exploração para evitar a entrada ou difusão de agentes infecciosos.

          Não é fácil estabelecer a relação custo-benefício MAS EXISTE E É MUITO IMPORTANTE.

          Ajuda a minimizar os tratamentos antibióticos.

          Algumas praticas fundamentais:

 

o    Cercar as explorações.

o    Limpeza (90% de virus-bactérias).

o    Queimar-aspirar pêlo.

o    Desinfecção de superfícies e de ambiente

o    Controle de pássaros y roedores.

o    Eliminacão de animais doentes.

o    Trocar de agulhas.

o    Pédiluvios e rotaluvios correctamente mantidos.

o    Água potável de consumo (Cloro, peróxidos,)

o    Controle de visitas.

o    Lazareto para animais oriundos.

o    “Pintar patas”.

o    Pôr enxofre nos ninhos.

o    Evitar a entrada de veículos na exploração (matadouro, recolha de cadáveres, ração, …)

o    Registo escrito das operações mais importantes.

o    Protecção do cunicultor.

 

TERAPÉUTICA:

Metafilaxia: Prevenir mediante o uso de antibióticos.

          Muito frequente, imprescindível, eficaz, pouco desejável e muito “má resposta”. Uso prudente de antibióticos.

          Período de retirada: prescrição excepcional.

          Informação na CADEIA ALIMENTAR obrigatória para toda a UE

          Ração medicada melhor para prevenir e água medicada melhor para curar.

          Fase crítica: peridesmame (EEC, síndromes respiratórios).

          Antibióticos injectável ao parto.

 

Tratamento: curar animais doentes  

Muito frequente, eficaz e com “boa resposta”.

Exige conhecimentos específicos: veterinário = prescritor.

Anamnesis: diagnóstico clínico ou laboratorial e terapêutica específica Tendo em conta variáveis como idade, efeitos secundários – contra-indicações, sinergismos – antagonismos, via terapêutica, …

“O tratamento da exploração residente quase nunca é a melhor opção”.

Uso prudente de antibióticos.

          Se falha tem de ser feita uma análise profunda da causa.

          PROFILÁXIA ESPECÍFICA:

          Vacinas víricas:
Mixomatose: todas as vacinas são VIVAS.

          Vacinas homólogas:

o    Com vírus da mixomatose.

o    Muito boa e com imunidade duradoura.

o    Muito reactiva: animais doentes na fase produtiva.

 

          Vacinas heterólogas:

o    Com vírus do fibroma de Shope.

o    Menos imunidade.

o    Pouco reactiva.

          Programa de vacinas (em revisão: Intercun)

o    Heteróloga aos 2 meses-vida, Homóloga aos 4 e revacinação anual em função do critério veterinário.

 

Doença Hemorrágica Vírica: é uma vacina inactivada.

          É muito eficaz.

          Doença pouco frequente mas “inesquecível”.

          Vacinar coelhas aos 3 meses de vida e revacinação anual a coelhas com mais 3-4 partos.

 

As vacinas não são antibióticas: previnem – NÃO CURAM.

Autovacinas bacterianas:

          Pasteurella multocida, Staphilococcus aureus, Salmonella spp., E. coli.

          O mais importante é fazer um diagnóstico correcto e amostras suficientes.

          É necessário renovar cepas das vacinas quando o veterinário assistente considerar necessário. 

 

ALIMENTACÃO:

          Existe rações para cada fase productiva.

          As características nutricionais e os límites de MPs devem ser conhecidos muito bem pelo fabricante embora pouco úteis para o cunicultor.

          O fabricante deve administrar o melhor programa de alimentação para cada exploração, sempre contando com o conhecimento e acessão do cunicultor.

          O preço da ração nunca deveria ser argumento para algo.

           Fase crítica: láparos de 21 a 35 dias de vida: troca de proporção de ração/leite de 5/95 a 95/5..

          Maneio especial de alimentação a futuras reprodutoras: ração que sobra da engorda?

           

CONCLUSÕES:

          Do meu ponto de vista o MANEIO é o factor de produção mais importante numa exploração.

          Para conseguir um maneio bom tem de ter conhecimentos, experiência e vontade (“vício”) de aprender.

          O objectivo de um bom maneio é obter uma exploração com saúde e, portanto, capaz de produzir mais e melhor.

          É complexo e não se pode simplificar: um rio nunca leva a mesma água e uma exploração é diferente cada DIA: ADAPTABILIDADE.

          Cada vez existem mais profissionais em todos os campos, capazes e dispostos a ajudar o cunicultor na difícil tarefa de decisões diárias.